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O Brasil precisa fazer as contas e olhar para o futuro

Na coluna “ABC da Indústria”, do jornal Diário do Grande ABC, assinada Co-CEO do Grupo Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz, o empresário traz uma reflexão importante sobre os entraves que comprometem a competitividade da indústria brasileira. Mazurkyewistz analisa que, enquanto o setor produtivo se reinventa todos os dias para inovar, manter empregos e competir em um mercado global cada vez mais ágil, o Estado brasileiro ainda mantém práticas que dificultam a adaptação ao novo ritmo da economia.


Leia o artigo completo abaixo.

Enquanto o setor produtivo brasileiro se reinventa todos os dias para inovar, reduzir custos, manter empregos e competir com mercados internacionais cada vez mais ágeis, o Estado brasileiro segue travado em um modelo caro, lento e ineficiente. Isso precisa mudar.

Falo com a experiência de quem está à frente de uma indústria e convive com as dores reais do dia a dia empresarial: burocracia, insegurança jurídica, dificuldade de acesso ao crédito e uma das maiores cargas tributárias do mundo. E ainda temos que lidar com juros elevados que sufocam investimentos.

O Brasil precisa reencontrar o caminho da competitividade e, para isso, um passo fundamental é encarar com responsabilidade e transparência a necessidade de uma reforma administrativa. Não se trata de cortar direitos nem demonizar o servidor público. Trata-se de atualizar a estrutura do Estado, torná-lo mais eficiente, enxuto e comprometido com resultados.

Hoje, grande parte da arrecadação pública é consumida com a manutenção da máquina, e não com investimentos em áreas que geram desenvolvimento: infraestrutura, educação técnica, inovação e apoio à indústria nacional. Essa distorção se reflete diretamente no custo do crédito, no risco-país e, claro, nos juros praticados.

Com um Estado mais leve e funcional, criamos condições para reduzir o custo do dinheiro, atrair investimentos e estimular quem quer empreender e produzir. Não é possível falar de juros mais baixos sem atacar as causas estruturais que os mantêm altos, e uma delas é o peso fiscal de um Estado que ainda não usa bem os recursos que arrecada.

A indústria brasileira, especialmente aqui no Grande ABC, está fazendo sua parte. Estamos investindo em tecnologia, capacitando pessoas e buscando novos mercados. Mas precisamos de previsibilidade e de um ambiente econômico que recompense o esforço de quem gera riqueza.

A reforma administrativa é um tema que exige coragem política, mas também diálogo e visão de país. O Brasil precisa não só fazer as contas, mas também escolhas. E escolher quem trabalha, investe e emprega como aliado no desenvolvimento deve ser prioridade.

Eduardo Mazurkyewistz, sócio fundador da Mazurky Embalagens de Papelão Ondulado. Advogado, com especialização em administração de empresas e treinamento para empreendedorismo pelo SEBRAE, Mazurkyewistz é membro da Empapel (Associação Brasileira de Embalagens em Papel). É também vice-diretor titular do CIESP – São Bernardo do Campo (Centro Regional das Indústrias do Estado de São Paulo). Há mais de uma década no mercado, a Mazurky é uma empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de caixas de papelão e acessórios de papelão ondulado.