Setembro de 2025 – A indústria brasileira iniciou o segundo semestre de 2025 em compasso de estabilidade, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), há poucas semanas. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE) mostrou que a produção industrial recuou 0,2% em julho frente a junho, acumulando retração de 1,5% desde abril e registrando o quarto mês consecutivo sem crescimento.
O varejo acompanhou o mesmo ritmo. O volume de vendas caiu 0,3% em julho, na comparação com junho, marcando também o quarto mês seguido de queda. Em relação a julho de 2024, houve alta de 1%, a quarta consecutiva, com saldo positivo de 1,7% no ano e avanço de 2,5% em 12 meses.
O chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças, materiais de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo, apresentou desempenho melhor em julho, com crescimento de 1,3% frente a junho. Ainda assim, na comparação anual, registrou queda de 2,5%. No acumulado de 2025, o setor opera com retração de 0,2%, mas soma crescimento de 1,1% em 12 meses.
Segundo analistas, os números refletem um cenário de juros elevados, crédito mais caro e consumo em desaceleração. “Com os juros altos, não há espaço para novos investimentos e contratações, o que impacta diretamente a atividade econômica e o comércio. O esperado é que haja uma recuperação mais acelerada nos próximos meses, puxada por datas como o Dia das Crianças, Black Friday e Natal. No entanto, setores como supermercados e vestuário seguem estagnados, o que limita uma retomada mais robusta”, avalia o Ceo do Grupo Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz.
Para o executivo, que comanda uma indústria de embalagens de papelão ondulado – considerado um dos termômetros da atividade econômica – o momento exige cautela redobrada. Ele lembra que o setor de embalagens está diretamente ligado às cadeias de consumo e logística, desempenhando papel fundamental no acondicionamento de alimentos, produtos farmacêuticos e no comércio eletrônico. “A indústria vive um quadro de estagnação, com quatro meses seguidos de retração e consumidores cada vez mais prudentes por conta dos juros altos e do crédito caro. Além disso, as tarifas anunciadas recentemente nos Estados Unidos trazem efeitos adicionais sobre quem exporta, o que torna o cenário ainda mais desafiador”, avalia.
De acordo com Mazurkyewistz, os clientes que exportam já começam a sentir os impactos da retração global. “É um ano desafiador, marcado por incertezas fiscais e pelos efeitos do ‘tarifaço’”, afirma.
Sobre o Grupo Mazurky – Há 20 anos no mercado, a Mazurky é uma empresa especializada em soluções em papelão ondulado, como caixas de papelão, displays, PDVs (pontos de venda) e projetos especiais. Localizada em Mauá, ao lado do Rodoanel, na região do ABC Paulista, a organização investe em tecnologia de ponta, com equipamentos de última geração e alta capacidade para a produção de embalagens em todos os tamanhos e formatos, podendo ser produzidas desde o Kraft pesado ao papelão reciclado.