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Artigo do Diretor da Mazurky é destaque no Estadão

O Estadão publicou artigo do Diretor da Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz, o qual destaca a importância das indústrias se manterem ativas no Brasil e a força motriz que representam no ante, durante e pós-pandemia.

Leia aqui ou abaixo:

Indústria: a força motriz no ante, durante e pós-pandemia

A pandemia do novo coronavírus trouxe inúmeras mudanças na rotina da sociedade, na tentativa de frear, o máximo possível, esse tão desconhecido e agressivo vírus. Uma das medidas foi a interrupção de série de atividades e setores, o que traz ainda mais angústia para o momento. Mas nem tudo pôde parar, como as indústrias de vários segmentos e isso tem sido de extrema importância para que a “engrenagem” econômica continue girando, mesmo em meio a limitações.

Empresas do setor hospitalar, farmacêutico, de embalagem e alimentício são alguns dos exemplos do quanto a permanência das atividades é fundamental para que a população passe por essa turbulência sem interferência às necessidades básicas. Demandas aumentaram nesses segmentos e muitas indústrias precisaram, inclusive, aumentar seus quadros de funcionários.

A indústria, como um todo, representa 20,9% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, mas responde por 70,1% das exportações de bens e serviços, por 72,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 33% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias). Para cada R$ 1 produzido na indústria, são gerados R$ 2,40 na economia como um todo, segundo dados da CNI (Confederação Nacional das Indústrias).

Esses números demonstram a importância de a indústria se manter em atividade, priorizando, evidentemente, a integridade de seus colaboradores, tanto no que se refere à saúde física, como mental.

Mas o fato é que não foi todo o setor industrial que se manteve ativo neste período, muitas empresas ficaram limitadas diante das restrições da pandemia, o que gerou uma onda de desempregos. Diante da situação, o Ministério da Economia prepara uma proposta de novo modelo de flexibilização dos contratos de trabalho para evitar o desemprego em massa quando o isolamento social findar. A ideia prevê contratos mais simples, com menor interferência dos sindicatos, para trazer quem está hoje recebendo o auxílio de R$ 600 para o mercado formal. Para isso, a Pasta quer desonerar os encargos que as empresas pagam sobre a folha de pagamento, proposta discutida desde a campanha eleitoral, mas que até hoje não avançou.

No âmbito das pequenas e médias empresas, com a menor circulação de pessoas e a queda na renda da população, a demanda está em baixa e intensifica o impacto ao micro e médio empreendedor, que geralmente têm espaço menor do que as grandes empresas para absorver impactos financeiros. Embora o governo federal tenha sancionado lei que cria uma linha de crédito voltada para micro e pequenas empresas, elas têm enfrentado dificuldades para ter acesso a esse auxílio, além de muitos empreendedores desconhecerem a medida. Segundo pesquisa feita em abril pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a maioria (60%) dos donos de pequenos negócios que já buscaram crédito no sistema financeiro desde o início da crise do coronavírus teve o pedido negado. O estudo mostrou também que ainda há bastante desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões. Do total de entrevistados, 29% afirmam não conhecer essas medidas e 57% apenas ouviram falar a respeito.

Em um momento como o que estamos vivendo, informação é a arma de combate, assim como a desburocratização para que o apoio possa efetivamente fluir. Seja a empresa/indústria pequena, média ou grande, a soma de todas é a força para o desenvolvimento do Brasil e, quando tudo isso passar, elas serão a base para que tudo possa voltar a caminhar. A indústria é a força motriz no ante, durante e no pós-pandemia.

Eduardo Mazurkyewistz é empresário do setor de embalagem de papelão ondulado e diretor da Mazurky